Review dos Episódios 1 e 2 de Witch Watch: Comédia mágica, carisma e um toque de drama
Se você já curtiu Sket Dance ou o aclamado Astra: Lost in Space, prepare-se para mais uma aventura única pelas mãos do talentoso Kenta Shinohara. Em Witch Watch, seu estilo mistura comédia caótica, elementos sobrenaturais e uma pitada de drama emocional — tudo isso com um charme leve que te conquista aos poucos. E os dois primeiros episódios já deixam claro: essa série tem tudo para ser uma das comédias mais carismáticas da temporada.
Um romance mágico com humor nonsense
A trama começa simples, mas eficiente: Nico é uma jovem bruxa cheia de energia, boas intenções e zero noção. Ela quer ajudar as pessoas com sua magia e, quem sabe, finalmente conquistar um beijo de seu amigo de infância e agora guardião, Morihito. Mas tem um problema — Morihito é sério, centrado e descende de uma antiga linhagem de ogros cujo dever é proteger a família de Nico, não flertar com ela.
Essa dinâmica entre os dois sustenta boa parte da comédia dos episódios iniciais. A cada nova tentativa de Nico em usar magia para facilitar a vida de Morihito, algo dá errado de forma hilária. Desde destruir acidentalmente a caneca favorita dele até transformá-lo, por engano, em uma versão adulta do Gon de Hunter x Hunter, os momentos de humor são imprevisíveis, exagerados e incrivelmente divertidos. Nem todas as piadas acertam em cheio, mas muitas arrancam risadas genuínas.
Drama leve e boas surpresas no desenvolvimento dos personagens
Mesmo com o foco em comédia, o anime já mostra que não vai deixar de lado o lado emocional — marca registrada do autor. Um exemplo é a preocupação de Morihito com o fato de Nico revelar que é uma bruxa para os colegas da escola. Ele teme que ela seja excluída, da mesma forma que ele foi quando descobriram sua origem ogra no passado.
Mas quando Nico acaba revelando sua magia sem querer e todos reagem com naturalidade, percebemos que o medo de Morihito é fruto de experiências antigas. A aceitação dos colegas traz um momento genuinamente doce — e reforça que Witch Watch também sabe emocionar, mesmo sem apelar.
Outro momento divertido vem quando Nico tenta “proteger” Morihito de algumas colegas interessadas nele. Suas tentativas atrapalhadas de diminuir as qualidades do amigo só servem para reforçar o quanto ela gosta dele. Essa mistura de ciúmes inocente com comédia deixa a relação dos dois ainda mais fofa e cheia de potencial.
Animação charmosa e uma abertura que rouba a cena
A adaptação feita pelo estúdio Bibury Animation Studios acerta em cheio no tom. A animação é simples, mas eficiente, e o timing cômico está na medida certa. Os momentos dramáticos também são bem conduzidos, sem quebrar o clima leve do anime.
Destaque absoluto para a abertura “Watch Me”, com música da dupla YOASOBI e direção visual de Megumi Ishitani. Cheia de referências ao mangá original, a sequência de abertura é uma das mais criativas e viciantes da temporada — dá vontade de assistir só pra ver ela de novo.
Vale a pena assistir Witch Watch?
Com certeza. Mesmo com uma premissa simples, Witch Watch entrega um começo encantador. A química entre Nico e Morihito, o equilíbrio entre humor e sensibilidade, e o potencial para explorar novos gêneros ao longo da história tornam esse anime uma das estreias mais promissoras da temporada.
Se você está em busca de uma comédia romântica com toques sobrenaturais, personagens cativantes e aquela energia de "slice of life" com mágica, Witch Watch é uma ótima pedida.