The Beginning After the End – Episódio 3: Arthur, Sylvia e o peso do passado
O episódio 3 de The Beginning After the End, lançado em 16 de abril, trouxe um dos momentos mais emocionantes até agora. A animação ainda tem seus altos e baixos, especialmente nas cenas de ação, mas esse episódio deixou claro que a verdadeira força da série está na construção emocional e na jornada interna de Arthur.
A chegada de Sylvia: mais do que uma criatura mágica
Após a queda do penhasco no episódio anterior, Arthur acorda em uma caverna e conhece Sylvia, uma fera misteriosa, coberta por uma armadura imponente. A primeira impressão é de perigo — e com razão. Mas ao longo dos dias, vemos que por trás daquela aparência intimidadora existe uma figura gentil, protetora e cheia de sabedoria.
Sylvia não é apenas forte: ela é capaz de coletar e usar mana simultaneamente, algo raríssimo. Arthur compara essa habilidade a reabastecer um avião em pleno voo enquanto ele ainda está em movimento — uma comparação que mostra o nível absurdo de poder dessa criatura.
Mas o que mais me pegou foi a maneira como Sylvia toca o emocional do Arthur. Ela percebe a raiva que ele carrega e, antes de ensiná-lo mais sobre seus poderes, diz com firmeza que ele só poderá aprender se for capaz de usá-los para proteger quem ama — não para se vingar.
Grey e Arthur: dois nomes, dois caminhos
Desde o início, sabemos que Arthur foi, em outra vida, o poderoso e frio Rei Grey. Mas é nesse episódio que essa dualidade começa a pesar. Arthur é ainda uma criança, mas suas experiências e dores passadas o empurram constantemente para uma postura distante e calculista. Sylvia, no entanto, quebra essa barreira.
Mesmo sem fazer parte da família Leywin, ela se torna uma figura quase materna, ajudando a moldar o garoto para algo muito maior do que um simples prodígio mágico. Sylvia planta as sementes de empatia e responsabilidade — e isso muda tudo.
A despedida que marcou o episódio
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O momento mais impactante do episódio vem no final, quando Sylvia revela sua verdadeira forma para proteger Arthur de outro ser poderoso como ela. Antes de desaparecer, ela cria um portal para que o garoto escape. A despedida entre os dois, embalada por uma trilha sonora tocante, é de cortar o coração.
Ver Arthur chorando, mesmo com toda sua frieza e autocontrole, é um dos pontos altos do anime até agora. Foi uma cena que realmente mexeu comigo — não só pela emoção, mas pela importância que ela carrega para o desenvolvimento do personagem.
Impressões finais: um episódio que reacende a esperança
Mesmo que a animação das lutas ainda precise melhorar, o episódio "Encontrando o Rei" mostra que The Beginning After the End tem sim um potencial enorme. A construção do passado de Grey, o crescimento emocional de Arthur e a profundidade que Sylvia trouxe à história me deixaram mais animado para o que vem por aí.
Se o anime continuar focando nessa evolução pessoal e nas camadas emocionais dos personagens, ainda pode surpreender muito.
