I Got Married to the Girl I Hate Most in Class – Quando o ódio vira casamento forçado (e comédia romântica)
Hojou Saito e Sakuramori Akane são famosos no colégio — não por serem um casal apaixonado, mas sim pelos barracos diários e a rivalidade escancarada. Os dois vivem às turras, disputando qualquer coisa como se fosse uma guerra pessoal. Mas tudo muda quando o avô mandão de Saito impõe um ultimato inesperado: ele precisa se casar com Akane ou perderá a herança da família (que, por sinal, vai para o cachorro caso ele recuse).
Surpreendentemente, Akane aceita a proposta sem pestanejar. Agora os dois inimigos mortais precisam encarar uma convivência forçada sob o mesmo teto, dividindo refeições, espaço... e até a mesma cama (!). Tudo isso sem deixar os colegas de escola descobrirem a verdade.
A premissa é completamente absurda — e é aí que está o charme. O mangá aposta alto na comédia romântica de “casamento arranjado” entre rivais, misturando provocações, embates verbais e momentos de tensão romântica que surgem justamente porque os dois se conhecem bem demais... e odeiam admitir que se entendem.
O traço de Mosskonbu é limpo e expressivo, com um ótimo timing para comédia facial e pequenas reações que fazem toda diferença. A arte funciona muito bem para os momentos de conflito exagerado, mas também sabe quando suavizar e dar espaço para aqueles instantes de vulnerabilidade que fazem a história evoluir.
Mesmo com o tom cômico, o mangá planta dúvidas interessantes: o que motivou Akane a aceitar o casamento? Por que Saito, mesmo relutante, parece começar a enxergar a rival de forma diferente? Entre uma discussão e outra, fica claro que esse relacionamento, por mais improvável que seja, tem camadas esperando para serem exploradas.