Guia de Mangás da Primavera 2025 – Novos lançamentos, análises e notas

 

Guia de Mangás da Primavera 2025

Bem-vindo ao Guia de Mangás da Primavera 2025 do Alquimia Nerd!
Você provavelmente já conhece nossos Guias de Estreias de Animes por Temporada, onde uma equipe de críticos analisa cada nova série de anime conforme ela estreia. Fazer algo semelhante com mangás é um pouco mais complicado – afinal, não há um cronograma “sazonal” tão claro para estreias de mangás como há com os animes.

Por isso, pensamos em algo diferente: um apanhado especial com os lançamentos de destaque nos últimos três meses, com foco exclusivo nas séries que estão estreando.

Este guia será atualizado diariamente, então fique de olho para novidades. Também vamos publicar em breve um especial com os lançamentos mais notáveis de light novels desses meses (no sábado!) e, no começo do próximo mês, um guia especial dedicado aos K-Comics.

Nosso foco

O objetivo aqui é apresentar apenas séries que estão começando agora, ou seja, Volume 1. Achamos que essa abordagem é a mais útil para quem quer acompanhar o que há de novo no mundo dos mangás. Importante: estamos avaliando apenas o primeiro volume – não capítulos digitais posteriores ou volumes seguintes.

Se você já leu adiante, pedimos que evite spoilers nos comentários e fóruns.

Escala de Avaliação

As reviews usam uma escala de 1 a 5, sendo 1 a nota mais baixa e 5 a mais alta.




Sacrificial Princess and the King of Beasts Heir: White Rabbit and the Prince of Beasts

Do que se trata?

Apesar dos contos de fadas prometerem finais felizes, a vida real é bem mais complexa — e é justamente aí que começa a nova jornada da próxima geração. A história de Leonhart e Sariphi chegou ao fim, mas a do filho deles, Richard, está só começando.

Nascido entre dois mundos — Yoana e Ozmargo —, Richard precisa provar seu valor. Com uma cerimônia de maioridade se aproximando, ele parte em uma jornada para se preparar física e espiritualmente, enfrentando desafios que vão moldar não apenas seu destino, mas o futuro de todo o reino.

  • Nota do Alquimia Nerd: 4/5



23:45 – Mangá emociona com drama sobrenatural e laços inesperados

Sobre o que é?

Recém-chegado a Tóquio e começando a vida universitária, Iku está vivendo o sonho de qualquer otaku… até descobrir que agora consegue ver fantasmas. Um dia, ele encontra Mimori, um espírito gentil e solitário que assombra uma ponte local, e acaba deixando-o viver em sua casa. Mas há um porém: todas as noites, exatamente às 23:45, Mimori é atraído de volta para a ponte, onde revive sua própria tragédia repetidamente.

Preso nesse looping de dor e arrependimento, Mimori parece condenado a uma eternidade de sofrimento. A única esperança? Talvez esteja nas mãos de Iku – se ele conseguir desvendar os segredos por trás desse ciclo e salvar o espírito do seu destino.

“23:45” é uma obra da autora Ohana, com tradução em inglês feita por Mei Amaki. O mangá será lançado pela Vertical no dia 11 de março de 2025. Classificação indicativa: 16+

⚠️ Aviso de conteúdo: a obra aborda temas sensíveis como suicídio.

  • Nota do Alquimia Nerd: 4/5




Super Ball Girls – Um desejo, uma bola mágica e uma reviravolta inesperada

Super Ball Girls é o tipo de mangá que parece saído diretamente de uma febre de fim de ano: meio sonho, meio loucura, com um toque de magia e desejo reprimido. A história acompanha Ichiyoshi, um sujeito comum e entediado com sua vida monótona trabalhando em uma fábrica de chocolates. Ele guarda seus desejos mais profundos trancados no peito… até que, numa noite de Natal, ele encontra uma Super Ball misteriosa quicando na escuridão. Ao jogá-la com força, algo (ou melhor, alguém) surpreendente aparece: uma mulher incrivelmente bonita, que desafia qualquer lógica!

Criado por Muneyuki Kaneshiro (de Blue Lock) e ilustrado por Akira Hiramoto (de Prison School), esse primeiro volume apresenta uma mistura inusitada de comédia absurda, sensualidade exagerada e aquele toque de estranheza que só o mangá sabe entregar.

A arte de Hiramoto é, como esperado, impactante: personagens expressivos, traços intensos e um cuidado estético que dá vida ao nonsense da proposta. Já o roteiro brinca com o improvável, entregando uma narrativa que, embora comece de forma simples, te fisga pela curiosidade: quem são essas “Super Ball Girls”? Por que elas surgem assim? E o que Ichiyoshi realmente deseja?

O mangá, apesar do apelo visual e da ideia excêntrica, ainda está em fase de introdução. É divertido, exagerado, e às vezes propositalmente bizarro — e isso pode dividir opiniões. Mas para quem curte histórias que misturam comédia, fantasia e um toque picante, vale conferir o primeiro volume e ver até onde essa bola vai quicar.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5




Four Lives Remain: Tatsuya Endo Before SPY x FAMILY 

Sinopse adaptada:

Antes de nos apresentar a genial família forjada de espiões, assassinas e telepatas em SPY x FAMILY, o autor Tatsuya Endo já explorava mundos cheios de ação, drama e personagens inusitados. Four Lives Remain é uma coletânea que reúne quatro histórias curtas do início da carreira do mangaká, cada uma estrelando um protagonista improvável que, à sua maneira, desafia o destino e encontra força em seus próprios valores.

Entre os contos estão:

  • Uma garota determinada a sobreviver a uma escola brutal para caçadores de recompensas.

  • Uma princesa exilada tentando reconquistar seu império lunar após um golpe.

  • Um grupo de caçadores de bruxas com espadas que literalmente drenam sangue.

  • Um esquadrão desajeitado de mosqueteiros em busca de ladrões perigosos.

Embora com estilos e gêneros diferentes, todas as histórias têm algo em comum: personagens movidos por convicção, que enfrentam perigos em nome do que acreditam. Para fãs de longa data de Endo, essa coletânea é uma chance de enxergar o desenvolvimento de seu estilo único, desde os traços mais crus até os primeiros lampejos do humor afiado e da construção de personagens que hoje conhecemos tão bem em SPY x FAMILY.

Nota do Alquimia Nerd: 2/5


The Failure at God School — Primeiras Impressões

Sobre o que é?

Em um mundo onde milagres são reconhecidos oficialmente e pessoas com poderes sobrenaturais recebem certificações governamentais, nada mais justo do que ter escolas especializadas para formar deuses — literalmente. Em The Failure at God School, acompanhamos Nagi, uma estudante do ensino médio que vive uma situação complicada: após a morte de sua avó, o santuário da família ficou sem divindade alguma para protegê-lo. Seu irmão, tecnicamente um “Himiko” (nome dado a qualquer pessoa que manifeste um milagre), é um recluso sem motivação... e definitivamente não parece pronto para assumir o cargo.

Sem muita saída, Nagi parte em busca de uma nova divindade para seu lar, mas, como era de se esperar, mexer com o mundo espiritual moderno não é tão simples — e talvez ela acabe descobrindo mais do que gostaria.

A arte fica por conta de Modomu Akagawara, o roteiro é de Natsu Hyūga (a mesma autora de Kusuriya no Hitorigoto), com design de personagens por Seikaisha. A tradução em inglês foi feita por Yumi Tanaka, com letras de Madeleine Jose, e o mangá foi publicado pela Yen Press em março de 2025. Classificação indicativa: 13+.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5



Ryunosuke Akutagawa's Hell Screen 

Adaptando uma das obras mais impactantes de Ryūnosuke Akutagawa, “Hell Screen” ganha vida em versão mangá pelas mãos de Mihiro, e o resultado é sombrio, intenso e visualmente perturbador.

A história gira em torno de Yoshihide, um artista renomado por seu talento incomparável, mas também conhecido por sua arrogância, preguiça e ganância. Apesar de sua personalidade difícil, há um ponto frágil em sua alma: o amor incondicional por sua filha, Yuzuki. Quando ela passa a servir o poderoso senhor Horikawa, começa a se formar uma tensão crescente entre o artista e a corte, alimentada por rumores inquietantes sobre o tratamento que ela vem recebendo.

É nesse cenário que Yoshihide recebe a missão de pintar uma tela monumental retratando os tormentos do inferno. O projeto, que já nasce carregado de simbolismo e sofrimento, se transforma em uma verdadeira obsessão. Em busca da representação perfeita da dor humana, Yoshihide ultrapassa todos os limites da moralidade e da sanidade. A linha entre arte e crueldade vai se desfazendo, levando a consequências devastadoras.

A arte de Mihiro capta com maestria o horror psicológico do conto original. A ambientação pesada, os contrastes visuais e a expressão perturbada dos personagens reforçam a descida do protagonista à loucura criativa. A adaptação respeita o texto original e consegue amplificar a tensão com o poder do visual, tornando essa leitura obrigatória para quem aprecia clássicos do horror literário japonês — agora em formato mangá.

Conclusão

Apesar de um início um pouco engasgado pela quantidade de explicações, The Failure at God School se mostra uma leitura divertida, com um universo rico e personagens cativantes. É o tipo de mangá que tem tudo pra se desenvolver muito bem nos próximos volumes — e Nagi sozinha já vale a leitura.

Se você curte histórias escolares sobrenaturais com um toque diferente, essa pode ser uma ótima pedida!

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5


A Night on the Galactic Railway – Uma jornada cósmica e comovente

O que você precisa saber:

Com uma vida solitária, marcada por uma mãe doente, um pai ausente e um trabalho que o afasta dos colegas, Giovanni é um garoto que carrega muito mais do que deveria para sua idade. No entanto, durante a noite do Festival das Estrelas, tudo muda: ele é misteriosamente levado a bordo de um trem galáctico, ao lado de seu melhor amigo, Campanella.

O que se segue é uma viagem fantástica pelos céus, onde os dois encontram personagens enigmáticos e exploram questões existenciais profundas – desde o sentido da vida até a inevitabilidade da morte. Mas quando Giovanni retorna à Terra, ele é forçado a encarar uma verdade dolorosa que muda tudo o que ele vivenciou naquela jornada.

Sobre a obra:

“A Night on the Galactic Railway” é uma adaptação do clássico conto de Kenji Miyazawa, com arte de Ayano Kitahara. Lançado pela editora Tuttle com tradução de Moss Quanci, essa versão em mangá mantém o tom poético e reflexivo do original, trazendo à tona uma história tocante, filosófica e lindamente melancólica.

É uma leitura para quem gosta de obras que misturam fantasia com introspecção, e que permanecem com você muito tempo depois de fechar o livro.

Nota do Alquimia Nerd: 4,5/5



Mansect – A grotesca metamorfose da obsessão humana

Nota final: 8/10

Lançado originalmente em 1975 por Shinichi Koga, Mansect retorna agora com tradução em inglês pela editora Smudge, revelando para o público moderno um dos lados mais sombrios do horror corporal japonês. Com arte perturbadora e uma narrativa que beira o grotesco, este mangá mergulha na obsessão humana por transformação — mais precisamente, na obsessão por insetos.

A premissa é simples e aterrorizante: enquanto os humanos passam por mudanças naturais ao longo da vida, os insetos se transformam por completo, tanto física quanto existencialmente. E quando um jovem obcecado por essas criaturas ultrapassa os limites do fascínio, os resultados são monstruosos literalmente. Humanos começam a se metamorfosear.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5


Minecraft: The Manga – Uma nova aventura no bloco da vizinhança

Minecraft: The Manga é exatamente o que o nome sugere: uma jornada de aventura e criatividade ambientada no universo do jogo mais famoso dos blocos. Publicado pela Viz Media com arte e roteiro de Kazuyoshi Seto, o mangá apresenta uma história voltada ao público mais jovem, com bastante energia e uma boa dose de caos controlado — como o próprio jogo.

A história segue Nico, um garoto de 10 anos que está completamente entediado com a rotina tranquila de sua cidade perfeitamente planejada. Para ele, montar explosões montado em Creepers é mais empolgante do que seguir as regras. Mas tudo muda quando zumbis atacam a cidade e Nico precisa colocar à prova seu talento com crafting para defender a todos. A partir daí, ganha o direito de partir em uma jornada — e é nesse ponto que a narrativa realmente ganha força.

Logo no início da sua aventura, Nico encontra um zumbi diferente: ele fala. Esse pequeno detalhe já dá o tom do que esperar do mangá — não é apenas uma repetição do jogo, mas sim uma expansão criativa do mundo de Minecraft, com direito a personagens inusitados, mistérios e humor leve.

A arte é simples e colorida, combinando bem com o público-alvo. A adaptação consegue equilibrar o estilo quadrado característico de Minecraft com expressões exageradas e dinâmicas típicas dos mangás shounen voltados ao público infantil.

Apesar de ser voltado para crianças, há algumas ideias interessantes aqui, especialmente no uso da lógica de crafting como forma de resolver problemas, o que pode ser inspirador para os leitores mais novos. Os diálogos são leves, acessíveis, e o ritmo é ágil, com foco na ação e na exploração.

Veredito: Minecraft: The Manga é uma boa pedida para fãs mais jovens do jogo que querem ver esse mundo ganhar vida em forma de história. A obra respeita a estética e a lógica do universo Minecraft, ao mesmo tempo em que introduz novos personagens e desafios. É divertida, acessível e tem potencial para expandir ainda mais — especialmente se continuar apostando em ideias criativas como um zumbi falante com possível profundidade narrativa.

Nota do Alquimia Nerd: 2,5/5



The Last Elf – Uma jornada de magia, melancolia e adeus

The Last Elf é daquelas histórias que te pegam pelo clima. Com arte e roteiro de Akira Sawano, esse mangá entrega uma fantasia melancólica sobre o fim da era mágica e a despedida de um mundo que já não tem mais espaço para seres como elfos e espíritos.

A protagonista é Aharu, a última elfa viva. Ela vaga por um continente devastado por guerras, onde a tecnologia e o vapor tomaram o lugar das florestas e dos deuses antigos. Sua missão é encontrar os espíritos esquecidos, antigos aliados de seu povo, e oferecer a eles uma última chance de retornar ao seu reino de origem. Aharu não está sozinha: seu fiel companheiro, uma coruja chamada Glyph, a acompanha em cada passo dessa jornada silenciosa e delicada.

O clima do mangá lembra bastante obras como Nausicaä do Vale do Vento ou Children of the Whales — aquela mistura de fantasia com o peso da memória, do luto e da resistência. A narrativa é lenta, mas proposital. Aharu não está correndo contra o tempo, mas sim fazendo uma peregrinação quase espiritual, onde cada encontro é um ritual de despedida com o passado.

A arte é lindíssima. Os cenários são vastos, solenes, e os espíritos têm um design etéreo que contrasta com a brutalidade do mundo “moderno” ao redor. É aquele tipo de mangá que vale a pena folhear devagar só pra absorver o que cada quadro quer dizer — tem silêncio, tem pausa, tem espaço pra contemplação.

Apesar disso, The Last Elf não é só contemplação. Há momentos de tensão, principalmente quando entra em cena a ameaça daqueles que querem apagar Aharu da história — como se a presença dela fosse um incômodo ou lembrete de tudo o que foi perdido. Esses momentos dão o tom de urgência necessário para a trama não ficar parada demais.

Veredito: The Last Elf é um mangá maduro, visualmente encantador e com uma protagonista forte no silêncio. Uma obra sobre memória, resistência e o fim inevitável da magia diante do avanço do mundo. Se você gosta de histórias com ritmo contemplativo e emoção sutil, essa é uma leitura imperdível.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5



If It's You, I Might Try Falling in Love – Um romance gentil que cura cicatrizes antigas

Amane sabe bem como o amor pode machucar. Depois de ter sido ridicularizado por confessar seus sentimentos ainda no ensino fundamental, ele decidiu que nunca mais passaria por isso. Desde então, trancou o coração e manteve distância de qualquer sentimento que parecesse ultrapassar a barreira da amizade.

Mas tudo muda quando ele se transfere para uma nova escola em Enoshima e conhece Ryuuji. Com um jeito leve e sincero, Ryuuji se aproxima sem pressa, criando um vínculo natural com Amane — primeiro como amigos, depois... talvez algo mais.

Mesmo sem entender direito o que está sentindo, Amane começa a perceber que, com Ryuuji, ele pode tentar de novo. Tentar se abrir, confiar, e talvez até... se apaixonar.

"If It’s You, I Might Try Falling in Love" é um BL que fala sobre reconstruir a confiança e encontrar afeto nos lugares mais simples: em uma conversa despreocupada, num olhar gentil ou em uma amizade que vai além. A história é escrita e ilustrada por Maru Kubota, com tradução em inglês por Avery Hutley e letras de Elena Pizarro Lanzas.

Para quem curte romances suaves, com drama emocional contido e personagens que carregam cicatrizes reais, esse mangá promete aquecer o coração com doçura e sinceridade.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5





I Got Married to the Girl I Hate Most in Class – Casamento forçado, rivalidade e... um começo promissor?

Você já viu rivais se apaixonarem, certo? Agora imagine se eles fossem obrigados a se casar — enquanto ainda se odeiam — por causa de uma chantagem absurda feita pelos próprios avós! Sim, esse é o ponto de partida de I Got Married to the Girl I Hate Most in Class, e por mais bizarro que pareça, o mangá tem mais a oferecer do que só brigas e tapas verbais.

Hojou Saito e Sakuramori Akane são o típico casal rival: brigam o tempo todo, não conseguem ficar no mesmo ambiente sem trocar farpas e são conhecidos pela escola toda por isso. Mas tudo muda quando o avô de Saito decreta: ele deve se casar com Akane ou perderá a herança da família. E o mais inesperado? Akane aceita o casamento.

À primeira vista, parece só mais uma comédia romântica forçada com premissa batida. E, de fato, o início da história é bem difícil de engolir — o controle tóxico dos avós, a ausência dos pais, a convivência forçada e até o compartilhamento de cama geram um incômodo legítimo. A dinâmica entre os protagonistas beira o insuportável nas primeiras páginas.

Mas aí... algo diferente acontece.

Ao invés de arrastar o conflito por volumes, o mangá surpreende ao mostrar os protagonistas conversando. Eles param, respiram e admitem que não podem continuar se atacando enquanto dividem o mesmo teto. Começam a negociar tarefas, estabelecer limites e até pedir desculpas. A química que antes só servia para gerar caos começa a se transformar — aos poucos — em respeito. E daí, para o romance, é só questão de tempo.

O destaque aqui vai para a forma como o relacionamento evolui. Não é imediato, nem idealizado. Mas é honesto. E quando Akane e Saito finalmente começam a ver um ao outro como pessoas reais, com sonhos e dores, o mangá ganha força. Ainda tem muito chão pela frente, mas o potencial para uma boa história de crescimento e romance está lá.

Visualmente, a arte é leve e carismática. Os personagens ganham expressividade extra com o uso de chibis nas cenas cômicas e o ritmo visual ajuda bastante nos momentos de humor. Por outro lado, há momentos em que exageros físicos (como o design de seios em algumas cenas) podem distrair ou incomodar, mas não comprometem o conjunto.

Veredito Final:

I Got Married to the Girl I Hate Most in Class começa de forma tropeçada, com um enredo questionável e atitudes duvidosas. Mas, surpreendentemente, encontra espaço para desenvolvimento sincero. Se você conseguir superar o início desconfortável, pode descobrir uma história com mais sensibilidade e coração do que parecia à primeira vista.

Nota do Alquimia Nerd: 3,5/5



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