Episódio 3 de The Gorilla God's Go-To Girl foca nos dilemas de Sophia com delicadeza e bom humor

 

Episódio 3 de The Gorilla God's Go-To Girl foca nos dilemas de Sophia com delicadeza e bom humor

No terceiro episódio de The Gorilla God's Go-To Girl, a série continua a desenvolver com equilíbrio os dilemas pessoais de Sophia, misturando comédia, temas de identidade e um leve toque romântico. Mesmo com limitações técnicas visuais, o anime compensa com diálogos bem escritos e um universo espirituoso que vai ganhando profundidade a cada semana.

Um episódio com identidade dividida — até nos nomes

Logo de cara, quem acompanha o anime com legendas pode ter se deparado com uma confusão curiosa: inconsistência na grafia dos sobrenomes dos personagens. Enquanto uma versão traz “Riller”, “Chien” e “Feles”, outras optam por “Reeler”, “Sheehan” e “Pheles”. Consultando a tradução oficial do mangá, parece que os nomes com relação direta aos animais (ex: Chien, “cachorro” em francês) são os originais. Isso faz sentido quando se considera a chegada do personagem Adler (que significa “águia” em alemão), reforçando essa temática.

Corte de cabelo e o reforço da feminilidade

Uma situação aparentemente trivial — o comandante Cheval reclamando da franja de Sophia — revela-se mais um símbolo do conflito interno da protagonista: o embate entre sua identidade feminina e o novo papel que a bênção do Deus Gorila lhe impôs. Mesmo que sua aparência não mude após o corte, a cena serve como catalisador para encontros importantes, como o reencontro com Louis e a chance de desenvolver o laço romântico entre eles.

Força não anula feminilidade

O dilema central de Sophia neste episódio é sentir-se deslocada de tudo o que lhe ensinaram sobre o que significa ser uma “garota”. Ela não queria ser especial. Não queria chamar atenção. Mas sua bênção e força incomuns a colocam justamente sob os holofotes. O episódio ilustra de forma cômica (e simbólica) esse incômodo: ela quebra escovas de cabelo com facilidade, atrai olhares indesejados e luta para se encaixar num papel que já não combina com sua realidade.

A cena na padaria com Louis destaca de forma inteligente essa quebra de estereótipos. Ele quer devorar doces, mas sente que isso o faz “menos masculino”. Ao se apoiar em Sophia para entrar na loja, o anime faz um paralelo direto: não existe certo ou errado em gostar do que se gosta, independentemente do gênero. Louis pode gostar de doces. Sophia pode ser absurdamente forte. E tudo bem.

Um equilíbrio entre comédia e reflexão

Mesmo com seu traço simples e produção modesta, o anime continua acertando ao dosar humor com temas mais sérios.

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