Fire Force Temporada 3 – Episódios 1 a 3: o retorno explosivo de Company 8
Depois de anos de espera, Fire Force está de volta em sua terceira e última temporada. E, como não poderia deixar de ser, a estreia chega com tudo — ou melhor, com aquele típico “slow burn” que aquece aos poucos antes de explodir em chamas. Mas calma: isso não é uma crítica negativa. A série precisava mesmo de um tempo para relembrar o público do que está em jogo e reposicionar as peças no tabuleiro para a reta final da história.
Retomando o fogo onde parou
A abertura da temporada foca em atualizar o espectador sobre os acontecimentos anteriores — principalmente as revelações da jornada de Shinra no mundo de Adolla e o surpreendente desvio de lealdade do Capitão Burns, que agora se uniu à White Clad. Com isso, o Capitão Obi é sequestrado, e o time da Company 8 precisa agir como foras da lei, unindo forças com Licht e Joker em uma missão ousada para resgatar seu líder.
Esse início mais contido faz sentido: a história está prestes a entrar em seu arco mais intenso e apocalíptico, e esse clima de preparação só reforça o peso das decisões a seguir.
A essência continua: caos, humor e família disfuncional
Apesar da escalada dramática, Fire Force mantém aquilo que sempre fez dela uma série tão divertida: a mistura entre ação exagerada, humor bobo e personagens carismáticos. Ver Shinra, Hinawa, Maki e os outros reunidos novamente é como reencontrar velhos amigos — mesmo com toda a loucura acontecendo ao redor.
Claro, ainda há elementos que geram polêmica, como o fanservice exagerado, principalmente em cenas com a Tamaki, e alguns momentos de humor que destoam do tom sério da trama. Mas, honestamente? Após anos e dezenas de isekais genéricos, Fire Force ainda consegue ser um anime com personalidade própria, algo que se tornou cada vez mais raro.
Hora da ação (e da rebelião)
Os destaques dos episódios ficam por conta da operação para resgatar Obi da prisão onde Burns pretende transformá-lo em Infernal. A sequência é clássica de filme de ação: Shinra e Joker enfrentando Burns no topo do prédio, enquanto o restante da equipe se ocupa dos capangas da sinistra “Gold” lá embaixo. E, como sempre, Arthur desaparece na hora mais crítica, porque, claro, é o Arthur.
Ver Hinawa assumir a liderança como um verdadeiro estrategista rebelde é outro ponto alto. A Company 8 se transforma, aqui, não só em heróis, mas em símbolos de resistência contra um sistema corrompido — e isso deixa tudo ainda mais emocionante.
Pontos fracos? Sim, mas nada que queime a experiência
O único grande deslize nos três primeiros episódios está na qualidade de animação e edição de certas cenas de combate. A luta entre Tamaki, Maki e os soldados da Gold, por exemplo, tem cortes bruscos, enquadramentos mal cronometrados e modelos de personagens menos polidos. Para um estúdio como o David Production, que já entregou momentos visualmente deslumbrantes, isso chama atenção.
Ainda assim, não compromete o episódio como um todo — e a expectativa é que os recursos tenham sido redirecionados para o próximo episódio, que promete ser uma vitrine de animação da temporada. Seria uma jogada estratégica (e recorrente) da série.
Conclusão: a chama ainda queima forte
Com apenas três episódios, a terceira temporada de Fire Force já mostra que veio para entregar ação, drama e caos em larga escala. Mesmo com alguns tropeços técnicos, a narrativa está mais pessoal, os stakes mais altos e o time mais unido (e explosivo) do que nunca. Se os próximos episódios mantiverem essa energia, teremos um final à altura da loucura que sempre foi acompanhar Company 8.
Notas:
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História: 8,5
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Animação: 7,0
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Personagens e dinâmica: 8,5
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Trilha sonora: 8,0
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Expectativa para os próximos episódios: 9,0
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Nota geral dos episódios 1–3: 8,2/10