Resenha: Even Given the Worthless "Appraiser" Class, I'm Actually the Strongest – Vale a pena assistir?
Com tantos animes de fantasia no estilo RPG sendo lançados a cada temporada, é difícil não ficar cético diante de mais um título que promete revirar os clichês do gênero. Foi exatamente esse o sentimento que tive ao começar Even Given the Worthless "Appraiser" Class, I'm Actually the Strongest. Com um protagonista fraco, um mundo genérico e uma animação pouco inspirada, tudo parecia apontar para "mais do mesmo". Mas, no fim das contas, fui surpreendido — mesmo que só um pouco.
Sinopse: o inútil que virou protagonista
A história gira em torno de Ein, um jovem cujo único talento é avaliar o nível de itens e monstros — uma habilidade considerada inútil por seus companheiros de equipe, que o abandonam à própria sorte em uma masmorra. Prestes a morrer, Ein é salvo pela espírito élfica Yuri e sua mãe, Ursula, ligadas à mítica Árvore do Mundo. A partir daí, ele ganha novos poderes e embarca em uma jornada para fortalecer-se, encontrar outros espíritos da Árvore do Mundo e, claro, provar seu verdadeiro valor.
Um isekai que repete fórmulas... mas diverte
Sim, é mais uma daquelas histórias de personagem subestimado que ganha poder e vai “calando a boca” de todo mundo. Mas, apesar de seguir o manual do gênero quase à risca, o anime tem seus momentos. Um deles acontece em um arco surpreendentemente dramático no meio da temporada, envolvendo um lorde feudal confrontando seus próprios demônios. É um episódio que destoa do tom geral da série e mostra que havia potencial para ir além do básico.
Outro ponto positivo são os personagens secundários, que mesmo rasos, às vezes entregam cenas divertidas. Uma das melhores é quando Ein entra em uma masmorra-ilusão dominada por uma "espírito mimada", de cabelo rosa, que só quer causar o caos. O humor é leve e, mesmo que simples, funciona.
Visual e produção: sem grandes destaques
Infelizmente, Even Given the Worthless "Appraiser" Class sofre com animação inconsistente e design de arte genérico. Não há muito que se destaque visualmente, e as cenas de ação são apenas funcionais. A trilha sonora também passa despercebida, sem temas memoráveis. Ainda assim, a direção acerta ao manter um ritmo leve, com episódios curtos e uma narrativa episódica que não exige muito do espectador.
Final anticlimático, mas satisfatório
O final da temporada pode parecer estranho para quem espera uma conclusão épica. Após o arco mais intenso no meio da série, somos presenteados com um episódio mais cômico e descontraído. Para mim, esse encerramento funcionou. Não é todo anime que precisa terminar com uma explosão ou uma batalha final: às vezes, só ver os personagens se divertindo já é o suficiente.
NOTAS:
🎯 Avaliação Geral: 6,5/10
Um anime mediano que não inova, mas consegue entreter. Boa opção para quem curte isekais leves e não exige muito da trama ou da produção.
📖 História: 7,0/10
Apesar de clichê, a narrativa funciona e tem um arco surpreendentemente dramático no meio da temporada que eleva a experiência.
🎨 Arte: 6,5/10
Visual simples, mas coerente com a proposta do anime. Nenhum destaque em design, mas também não compromete.
🕹️ Animação: 6,0/10
Funcional, porém sem impacto. As cenas de ação são genéricas e há falta de fluidez em momentos importantes.
🎵 Trilha Sonora: 6,0/10
Cumpre o básico. Nenhuma faixa marcante, mas acompanha bem a ambientação.
Pontos positivos:
✔ Roteiro direto e fácil de acompanhar
✔ Arco dramático interessante no meio da temporada
✔ Alguns momentos de humor que funcionam bem
Pontos negativos:
✘ Visual e ação genéricos
✘ Personagens pouco desenvolvidos
✘ Mais um anime de “protagonista injustiçado que vira overpower”
Veredito
Even Given the Worthless "Appraiser" Class, I'm Actually the Strongest não é revolucionário. Nem tenta ser. Mas dentro do mar de isekais e power fantasies, ele consegue entregar um entretenimento simples, despretensioso e até divertido. Perfeito para assistir entre outros animes mais intensos da temporada — aquele famoso “anime para desligar o cérebro”.