Um episódio sólido, mas ainda no piloto automático
O terceiro episódio entrega exatamente o que se espera de uma série semanal: é funcional, cumpre o papel, mas não chega a empolgar. Dá pra dizer que o anime continua na sua zona de conforto — e talvez até demais.
Aqui vemos Beryl se integrando melhor ao novo ambiente, agora com foco no Adventurer’s Guild. Como esperado, ele precisa provar seu valor, o que leva a uma luta contra Surena, uma de suas ex-alunas. O confronto serve basicamente pra reforçar o que já sabíamos: Beryl é humilde, respeitoso, orgulhoso de quem treinou, mas ainda assim extremamente habilidoso. Nada de novo, nada muito chamativo, mas bem executado.
A luta também é uma chance pra gente conhecer um pouco da história da Surena, e mais uma vez, o anime joga seguro. Ela foi salva por Beryl no passado, treinou com ele e virou uma guerreira de respeito. É uma construção que funciona, só que passa a sensação de déjà vu — é aquela estrutura clássica de aluno reverenciando o mestre que a guiou na infância.
O grupo de aventureiros que aparece também entra naquela fórmula conhecida: jovens talentosos, mas cheios de confiança demais e pouca experiência prática. O episódio vai exatamente até onde você imagina — e para aí. O final deixa no ar uma possível ameaça mais séria, e a pergunta que fica é: será que o anime vai sair um pouco do molde no próximo episódio?
Mesmo com esse ritmo previsível, gostei do foco que o episódio manteve. O desenvolvimento dos personagens é consistente, ainda que contido. E se tem algo que me deixou curioso, foi a possibilidade de ver Beryl enfrentando criaturas mais selvagens, algo que pode testar suas habilidades além da zona de conforto do combate corpo a corpo tradicional.